O turismo em cruzeiros marítimos tem mostrado um vigor impressionante no cenário econômico brasileiro, com um crescimento robusto e influência significativa sobre os gastos dos turistas em portos e cidades litorâneas, bem como no emprego e desenvolvimento regional. Como parte do entendimento desse cenário, a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) propôs à Fundação Getulio Vargas a realização de um estudo detalhado sobre os efeitos desse segmento no país.
O estudo em questão tem como um dos focos a análise dos padrões de despesas realizadas pelos turistas em terra, uma vez que estes são elementos-chave na medição do impacto econômico dos cruzeiros. Despesas com alimentação, compras, excursões e serviços diversos são somas significativas que reverberam diretamente na economia local.
O impacto direto no mercado de trabalho é outro aspecto de importância central. Do staff a bordo aos profissionais envolvidos nas atividades portuárias, passando pelos guias turísticos e comerciantes locais, os cruzeiros geram uma cadeia ampla de oportunidades de emprego, fomentando o desenvolvimento em áreas costeiras.
Uma infraestrutura portuária eficiente é determinante para o desenvolvimento do setor de cruzeiros. O estudo abordará a situação das instalações brasileiras e como aprimoramentos poderiam potencializar ainda mais o crescimento do setor, atraindo um número maior de turistas e navios.
Com um histórico de crescimento que supera outros segmentos da indústria turística, os cruzeiros marítimos são alvo de perspectivas otimistas. O estudo da Fundação Getulio Vargas visa projetar tais perspectivas, avaliando a tendência de expansão e os desafios a serem superados para que a atividade alcance seu potencial máximo no Brasil.
Na temporada de 2009-2010, o setor registrou um crescimento de 33% em relação ao período anterior. E, com um crescimento projetado de 23% para a temporada atual em comparação com a última, os números são uma clara indicação do vigor do setor. O lançamento de 414 cruzeiros navegando pelo litoral brasileiro e a expectativa de quase 900 mil cruzeiristas reforçam essa perspectiva.
A fim de corroborar com o desenvolvimento contínuo dos cruzeiros marítimos e propor medidas estratégicas, a Abremar e suas associadas aguardam os resultados do estudo da Fundação Getulio Vargas. Esse relatório não só refletirá o estado atual do setor, mas também iluminará caminhos para o aperfeiçoamento das práticas e infraestrutura, essenciais para sustentar o crescimento dessa atividade que já se prova tão benéfica para a economia litorânea do Brasil.